Tanise
FICHAMENTO 1
Título e subtítulo da obra: Modelos de Jornalismo Digital
Autor(es): Elias Machado, Marcos Palacios, Luciana Mielniczuk, Ernani Coelho Neto, Lia Seixas, Beatriz Ribas, Clarissa Borges, Milena Miranda, José Afonso da Siva Junior, Suzana Barbosa, Carla Schwingel, Raquel Porto Alegre
Organizador (es): Elias Machado, Marcos Palacios
Coordenador (es): Elias Machado
Editor (es): Elias Machado
Tradutor: ----------------
Título e subtítulo do capítulo: Modelos Teóricos. Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo on-line: o lugar da memória
Autor (es) do capítulo: Elias Machado
Edição: Primeira edição
Local de publicação: Salvador - BA
Editora: Calandra
Data da publicação: 30/06/2003
Coleção: Pixel
Páginas: 233
Intervalo de páginas do capítulo: 14-36 do capítulo Modelos Teóricos
Volume:1
(para livros na internet) Disponível em: ------------------------
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Resumo
O artigo: Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo on-line: o lugar da memória, do autor Elias Machado, objetiva contribuir para as discussões a respeito do jornalismo na web.
Inicia-se com as características gerais do jornalismo on-line, sendo elas: multimidialidade/convergência,interatividade,hipertextualidade, customização do conteúdo/personalização, memória, instantaneidade/atualização contínua. O autor sugere que o jornalismo na web é uma continuidade e uma potencialização do jornalismo tradicional, mas também causa rupturas com esse. Além disso, o autor trata da questão da memória do jornalismo na web, a qual pode ser recuperada tanto pelo produtor, quanto pelo usuário da web.
Por fim, é apresentado um estudo comparativo realizado pelo Grupo de Jornalismo on-line de Comunicação da UFBA, o qual concluiu haver uma generalização do uso da Memória em jornais on-line.
PRINCIPAIS CITAÇÕES:
“(…) a ideia de superação sucessiva dos suportes midiáticos pouco contribui para o avanço do conhecimento e, portanto, para a maximização dos potenciais das Novas Tecnologias da Comunicação e do Jornalismo em particular” p.16
“Ao estudar as características do jornalismo desenvolvido para web, Bardoel e Deuze (2000) assinalam a existência de quatro elementos distintos: Interatividade, Customização de Conteúdo, Hipertextualidade e Multimidialidade. Palacious (1999), com a mesma preocupação, estabelece cinco características: Multimidialidade/Conergência, Interatividade, Hipertextualidade, Personalização e Memória. Cabe ainda acrescentar a Instantaneidade do Acesso, possibilitando a Atualização Contínua do material informativo como mais uma característica do webjornalismo” p.17
“Machado (1997) ressalta que a interatividade também acontece no âmbito da própria da notícia, ou seja, a navegação do próprio hipertexto também pode ser classificada como uma situação interativa” p.19
“(...) multi-interativo (…) conjunto de processos que envolvem a situação do leitor de um jornal da web” p.19
“Diante de um computador conectado à internet e ao acessar um produto jornalístico, o usuário estabelece relações: a) com a máquina; b) com a própria publicação, através do hipertexto e, c) com outras pessoas – autores ou outros leitores – através da máquina (Lemos, 1997; Mielniczuk, 1998)” p.19
“Faz-se necessário um aprofundamento da compreensão teórica da Novas Tecnologias da Comunicação (NTC), visando a eliminação da falsa oposição algumas vezes criada entre as chamadas Mídias Tradicionais ou de Massa e as NTC que tem levado, em alguns casos, a uma visão evolucionista bastante simplista e à afirmação de um certo triunfalismo ideológico (Palacios, 2001 e 2001c)” p.21
“Dominique Wolton (1999:85) (…) mídias tradicionais (rádio, televisão, imprensa), que funcionam por emissão de mensagens (o chamado modelo de Um ↔ Todos) e uma lógica de demanda, que caracteriza as NTC, que funcionam por disponibilização e acesso (o chamado Todos ↔ Todos)” p.21
“As diferentes modalidades midiáticas são vistas por Wolton não como pontos ascendentes numa escala progressiva e evolucionária, mas como complementares” p.21
“A igualdade de acesso à informação não cria igualdade de uso de informação. Confundir uma coisa com a outra é tecno ideologia (Wolton,1999b)” p.21
“(…) com o crescimento da massa de informação disponível aos cidadãos, torna-se ainda mais crucial o papel desempenhado por profissionais que exercem funções de 'filtragem e armazenamento' desse material, seja a nível jornalístico, acadêmico, lúdico, etc” p.22
“(…) as características do jornalismo aparecem na web aparecem, majoritariamente, como Continuidades e Potencializações e não, necessariamente, como Rupturas com relação ao jornalismo praticado em suportes anteriores” p.22
“(…) algumas Rupturas efetivamente ocorrem (…) dissolvem-se os limites de espaço e/ou tempo que o jornalista tem ao seu dispor para a disponibilização do material noticioso” p.23-24
“(…) Jornalismo on-line, para efeito prático, dispõe de espaço virtualmente ilimitado” p.24
“(…) o jornalismo na web encontra sua especificidade não apenas pela Potencialização das características, mas principalmente pela combinação dessas características potencializadas, gerando novos efeitos” p.24
“(…) na web a utilização de espaço praticamente ilimitado para disponibilização de espaço noticioso, (…),abre a possibilidade de disponibilização on-line de toda a informação anteriormente produzida e armazenada, através da criação de arquivos digitais, com sistemas sofisticados de indexação e recuperação da informação” p.25
“A memória do jornalismo na web pode ser recuperada tanto pelo Produtor da informação, quanto pelo Usuário” p.25
“Sem limitações de espaço, numa situação de extrema rapidez de acesso e alimentação (Instantaneidade e Interatividade) e grande flexibilidade combinatória (Hipertextualidade), o jornalismo tem na web a sua primeira forma de Memória Múltipla,Instantânea e Cumulativa” p.25
“(…) a alimentação de banco de dados (arquivos) pode fazer-se tanto por Produtores, quanto por Consumidores da informação jornalística” p.26
“Evidentemente, com relação a memória, é possível caracterizar-se também uma situação de Continuidade com relação a suportes anteriores” p.26
“É virtualmente impossível produzir-se jornalismo numa situação de Rede, sem recurso contínuo e sistemático à Memória coletivamente produzida” p.27
“Quando falamos em Memória Múltipla e Cumulativa, chamamos atenção para o fato de que, através da Convergência de formatos, a Memória na web tende a ser um agregado, não só da produção jornalística que vem ocorrendo on-line, mas, gradualmente, de toda a produção jornalística importante, acumulada em todos os suportes, desde de épocas muitos anteriores à existência da web e dos próprios computadores” p.28
“Mais do que investir em espetacularizações ou em uma futurologia (…) importa estarmos atentos, acompanhando as experimentações transformações que efetivamente estão ocorrendo, buscando sistematizar o estudo dos avanços do formato on-line e produzindo documentação que, eventualmente, venha a ser útil para o registro da História do Jornalismo nos dias que correm” p.31
BIBLIOGRAFIA
PALÁCIOS, Marcos. Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo on-line:o lugar da memória. Modelos do jornalismo digital. Salvador: Calandra, p. 14-36, 2003.
Abaixo vídeo relacionado ao texto acima:
