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FICHAMENTO 3

Título e subtítulo da obra: Jornalismo digital deficiente e inconvergente

 

Autor(es): Marco Bonito

 

Organizador (es): 

 

Coordenador (es):  

 

Editor (es): 

 

Tradutor: ----------------

 

Título e subtítulo do capítulo: 

 

Autor (es) do capítulo: 

 

Edição:

 

Local de publicação: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Fortaleza - Ceará

 

 

Editora: 

 

Data da publicação: 03-07/09/2012

 

Coleção: 

 

Páginas: 

 

Intervalo de páginas do capítulo: 

 

Volume:

 

(para livros na internet) Disponível em: http://www.academia.edu/1912459/Jornalismo_digital_deficiente_e_inconvergente

 

 

(para livros na internet) Acesso em: -----------------------

 

 

Resumo

 

     O artigo: Jornalismo Digital deficiente e inconvergente do autor Marco Bonito tem como objetivo mostrar que nos processos comunicativos há uma deficiência na produção de conteúdos, além de desconsiderar as mudanças sociais e culturais ocorridas nos últimos anos. Para tal, nos traz as leis estabelecidas sobre comunicação para pessoas com deficiência, discorrendo sobre suas implantações.

     Por fim, alega que os produtos comunicacionais são pensados para pessoas “normais” e se apropria de um conceito da arquitetura e urbanismo, desenho universal, para demonstrar como o jornalismo deve ser pensado para todas as pessoas.

 

 

PRINCIPAIS CITAÇÕES:

 

“(…) existiam, até então (2005), pelo menos 79 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência na América Latina. No Brasil, o censo de 2010 (IBGE, 2012) descobriu que 45 milhões de brasileiros se declararam como pessoas deficientes em pelo menos uma das categorias investigadas.” p. 02

 

“é imprescindível repensarmos as práxis de produções de conteúdos digitais, já que, hoje em dia, para uma pessoa com deficiência, há várias barreiras que impedem o acesso às informações e ao conhecimento.” p.02

 

“O avanço tecnológico tem sido, já há algum tempo, vertiginoso e demasiadamente acelerado por lógicas próprias deste mercado e, por conta disto, a lei e o decreto estabelecido não deram conta de inferir socialmente, justamente por precisar considerar os avanços culturais, que neste caso consideraremos ciberculturais com o viés comunicativo.” p.03

 

“(...) o artigo 52, deste mesmo decreto, que trata sobre a “oferta de aparelhos de televisão equipados com recursos tecnológicos que permitam sua utilização de modo a garantir o direito de acesso à informação às pessoas portadoras (SIC) de deficiência auditiva ou visual” (CONGRESSO NACIONAL, 2004).” p. 04

 

“Em meio às discussões políticas que envolvem a questão, em dezembro de 2006 a Assembleia geral da ONU aprova a convenção sobre Direitos das Pessoas com deficiência que trata especificamente sobre as questões da acessibilidade na TV.” p.05

 

“Um fato marcante e significativo, nesta época, desta luta foi quando a autora de telenovelas Glória Perez escreve “América”, transmitida em horário nobre pela Rede Globo de Televisão, que à época detinha a maior audiência dentre as emissoras brasileiras. Na trama criada havia dois personagens que eram cegos e para ajudar na construção dos mesmos foi criado um fórum de discussão na internet.” p. 06

 

“Em 2006 o Ministério das Comunicações publica a portaria 310 oficializando a Norma Complementar nº 1 que estabeleceu o cronograma de implantação e os requisitos técnicos para tornar a programação das TVs abertas acessíveis para pessoas com deficiência.” p. 06

 

“Em maio de 2008, um mês antes de vencer o prazo de carência para o início das transmissões de programação com recursos de acessibilidade a ABERT6 protocola ofício7 ao Ministério das Comunicações solicitando prorrogação dos prazos, alegando impedimentos legais, dificuldades técnicas, operacionais e econômicas, principalmente para as emissoras afiliadas. Em junho de 2008 a União Brasileira de Cegos (UBC) e a Federação Brasileira das entidades de e para cegos se fundem criando a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) e fazem pressão para que as emissoras cumpram o que já estava estabelecido.” p.07

 

“Após a consulta pública o Ministério das Comunicações publica a portaria 985 propondo modificações na Norma Complementar, o que demonstrou um retrocesso às discussões e aos avanços da produção de conteúdo acessível na TV.” p. 08

 

 

“O que mais nos chama a atenção, no entanto, é que toda essa saga de embates políticos entre governo federal e entidades de classes só trataram das questões de acessibilidade relacionadas à TV, desconsiderando o conceito de mídia de maneira mais ampla e principalmente apenas contemplavam as pessoas com deficiência visual ou auditiva, alijando, por exemplo, as pessoas com deficiência mental e/ou motora.” p.09

 

“Temos mais de 24% da população brasileira deficiente e com tantos avanços tecnológicos relacionados às tecnologias da informação e da comunicação é inconcebível que os conteúdos produzidos ainda não sejam totalmente acessíveis para o consumo comum a todos.” p.09

 

“Meu pressuposto é o de que se há algo deficiente no processo comunicativo, na atual conjuntura cultural e midiática do século XXI, na “era da informação”, este “algo” é o processo de produção do conteúdo das mensagens, a própria informação, o texto, o hipertexto, o contexto e o paratexto.” p.09-10

 

“É uma questão de cidadania, de direitos humanos e o problema está na concepção conceitual de um pensamento linear que concebe a ideia de que há uma dicotomia entre as pessoas “normais” (um conceito absurdo) e as pessoas com deficiência.” p.10

 

“Ao considerar “normal” (estar dentro das normas sociais) apenas os sujeitos que têm as percepções funcionando satisfatoriamente bem para o consumo e produção de informações, cria-se um problema preconceituoso, que chamarei aqui de preconceito comunicativo, para dar conta do viés desta pesquisa.” p.10

 

“Produz-se o conteúdo e depois de publicado pensa-se, quando isto acontece, em adaptá-lo às pessoas com deficiência, como caridade. Ao meu entendimento o erro está associado a este procedimento.” p.10

 

“Surgido nos EUA, na Universidade da Carolina do Norte, o conceito de Design Universal tem por objetivo desenvolver produtos e ambientes para serem usados por todos na máxima extensão possível, sem adaptações ou projeto especializado para pessoas com deficiência.” p.10

 

“Sendo assim, o conceito de desenho universal pode ser incorporado à comunicação social se entendermos que os ambientes podem ser comparados às mídias, canais ou veículos de comunicação, como queiram as diversas correntes filosóficas da área e os produtos ao conteúdo.” p.11

 

“É preciso reconhecer que o modo de produção de conteúdo analógico-linear é inadequado e quanto antes mudarmos a postura conceitual, menos prejuízo social teremos.”,p.11

 

“O jornalismo digital pode e deve ser o responsável por dar o tom das produções e publicações de conteúdo. Além do mais, o jornalismo é uma prestação de serviço que deve servir a todas as pessoas.” p.12

 

“Se considerarmos que a principal característica conceitual do jornalismo digital é a memória e que os sites jornalísticos, em quase sua totalidade, não contém conteúdos acessíveis às pessoas com deficiência, temos como afirmar que, em suma, se há deficiência ela está realmente associada ao jornalismo digital.” p. 12

 

“As narrativas transmidiáticas jornalísticas são raras, quando existem, possuem mais o teor experimental empírico do que necessariamente conceitual.” p.12

 

“Isto tem significado que a práxis jornalística ainda está fundamentada no modelo analógico-linear, ou seja, as produções de conteúdo ainda são pautadas pelas suas características individuais

.” p.12

 

“Mesmo com todas essas potencialidades o que temos realmente é um jornalismo digital deficiente e nada convergente, pois, além de não dar conta de usar todos os recursos já disponíveis tecnologicamente, ainda mais, não considera a acessibilidade como item fundamental dentre suas principais características.” p.12-13

 

“É inconcebível que possamos considerar uma 4ª geração de produção jornalística digital sem prever um conteúdo acessível sob os conceitos do desenho universal.” p.13

 

“Será necessária uma mudança cultural, que deve ser iniciada nos laboratórios de produção multimídia nas universidades, ensinada pelos professores que devem estimular seus acadêmicos a inovar sob estes novos conceitos. Isto levará tempo, mas “navegar é preciso” e o quanto antes melhor.” p.14

 

“O jornalismo tem uma função social nobre, transformar as informações em conhecimento público, logo não podemos continuar a fazer distinção, por preconceito comunicativo, de quem deve ou não ter acesso ao conhecimento gerado.” p.14

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

BONITO, Marco. Jornalismo digital deficiente e inconvergente_Intercom. 2012. Disponível em: http://www.academia.edu/1912459/Jornalismo_digital_deficiente_e_inconvergente.

 

 

Abaixo vídeo relacionado ao texto acima:

 

 

 

 

 

imagem mostrando símbolos de pessoas com eficiência

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